O Covid-19 continua sua viagem, espalhando pânico e crise no mundo inteiro. Ainda não se sabe quando ela vai ser controlada, nem o tamanho do prejuízo que a humanidade terá. O que se sabe já, desde então é que muita coisa vai mudar. Primeiramente, a renda per capita mundial vai sofrer uma considerável diminuição. Isso porque haverá perda de receita das empresas e demissão em massa. Esses fenômenos puxarão outra série de eventos, principalmente a provável mudança de hábito da forma dos consumidores comprarem produtos e serviços, independentemente do segmento. Com a diminuição do poder de compra, provavelmente o preço voltará a ser o fator mais importante na hora de consumir produtos e serviços. Isso não quer dizer que atendimento, ambiente, segurança e ambiente não sejam importantes. Tudo vai depender da relação procura-oferta. Mas é provável, que o consumidor opte nos próximos anos a adquiri mais bens essenciais e seja mais cauteloso na aquisição de bens não essenciais ou supérfluos.
Para se tornarem competitivas, muitas empresas terão que se reinventar, rever suas margens de lucro e customizar o máximo possível estrutura, processos e recursos humanos. A tecnologia provavelmente será uma ferramenta estratégica nessa customização. Além disso, é preciso revisar dois pontos estratégicos para qualquer negócio: primeiro é quem vai ser seu público alvo. Isso porque essa mudança de poder de compra vai alterar muito as classes de consumidor. Provavelmente as empresas que produzem produtos e serviços para as classes sociais “A” e “B” terão mais desafios pela frente. O segundo ponto, estudar se seus produtos e serviços ainda estão em conexão com seus clientes. A crise certamente afetará o valor de boa parte dos produtos e serviços oferecidos hoje. Por outro lado, muito provável que novas necessidades surjam, abrindo espaço para inovação e implementações do que já é ofertado hoje, bem como a possibilidade de oferecer novos produtos e serviços.
Em países como o Brasil, a informalidade deverá ser ainda maior. E isso será um desafio para a gestão publica, que terá que estudar como não comprometer sua arrecadação, devido e essa situação; E para as Empresas, que terão muita dificuldade de honrar os compromissos fiscais (impostos e afins).
Ou seja, independentemente da forma como tudo isso vai acabar e quando vai acabar, vem muita mudança por aí. E, nesse momento de crise, vai se dar bem que começar a repensar e planejar seus negócios já, ganhando tempo e criando mais cedo a possibilidade de conexão com clientes e potenciais clientes.
E pra quem pensa que depois dessa crise do COVID-19 tudo vai volta ao normal, como era antes, dou uma sugestão: Não crie essa expectativa, porque essa pandemia veio para mudar completamente a forma de consumir, os hábitos dos clientes e a maneira de vender produtos e serviços. Portanto, Mude, porque essa é a única ação que você não poderá relevar para sobreviver no futuro.