Existem algumas frases, até mesmo um pouco clichês, como:

Se você está procurando uma grande oportunidade, descubra um grande problema”  ou “Problemas são apenas oportunidades não reveladas”.

Aparentemente, gostar de problema deveria ser bom, já que eles podem representar oportunidades disfarçadas. Mas você já parou para pensar se, de fato, você está aberto a gostar de problemas?Vamos fazer uma reflexão:

Imagine que você é um analista financeiro e na empresa que trabalha tem um plano de cargos e salários e você consegue vislumbrar todo o caminho para crescer na organização. Você se planeja para ser coordenador financeiro, gerente financeiro e conquistar o tão sonhado cargo de “diretor financeiro”. Agora, imagine que quando você já está ocupando o cargo de coordenador surge uma oportunidade na organização de ser gerente comercial. A área comercial nunca foi o seu foco, mas nessa área você pode expandir o seu conhecimento e crescer ainda mais na carreira. Será que você estaria disposto a assumir esse desafio, mesmo estando com toda a carreira planejada e, de certa forma, segura?

Foi justamente isso o que Márcio Fernandes, o CEO mais admirado no Brasil, fez. E hoje considera que esse foi o “pulo do gato” para se tornar CEO da Elektro, uma das maiores empresas de energia elétrica do país com 2,5 milhões de clientes.

Qual a conclusão que podemos tirar de tudo isso?

“O profissional que se desenvolve mais depressa é aquele sempre disposto a colaborar, em especial na solução de problemas enfrentados pela empresa”.

Perceba os destaques da frase: sempre disposto, ou seja, não é somente quando é favorável para ele, mas quando a empresa precisa dele. E disposto a solucionar problemas, ou seja, justamente o contrário do que a maioria das pessoas fazem, que é se eximir do problema e, consequentemente, deixar a “batata quente” com os outros.

Portanto, assumir um perfil de “problem solver” (resolvedor de problema) faz com que os profissionais cresçam mais rapidamente e conheçam o mundo por diferentes ângulos. Tudo isso abre portas para que problemas (ou também oportunidades) sejam encaradas de outra forma e possa abrir novas perspectivas na carreira profissional.

Tem um ponto muito importante nessa história: não podemos esquecer que nenhum plano é intacto e o mundo em que vivemos é muito dinâmico. Então por quê não estarmos abertos a mudar os rumos da nossa trajetória? Sabemos que enfrentaremos dilemas, imprevistos, que precisaremos tomar decisões sem termos todos os dados, mas muitas vezes na hora “H” nos pegamos em “apuros” quando isso acontece e, mais uma vez, nos esquivamos dos problemas.  

Agora, faço o convite para que juntos possamos tentar mudar o nosso “mindset” e viver a experiência de estarmos aberto ao novo, principalmente quando o “novo” vier em forma dos tão temidos e evitados: “problemas”.

Autor: Alessandra Guedes.